Doença de Mão, Pé, Boca: Tudo o que você precisa saber

16:44


Há alguns meses atrás, Bernardo ficou doente.
No começo tudo indicava ser uma gripe, logo depois veio a febre, ficou super amuado e não estava se alimentando direito. Decidi levar ele na emergência, e o médico disse que ele estava com bronquiolite, e passou antibiótico para casa.

No outro dia começaram a surgir as bolinhas na parte externa da boca, e dois dias depois, ele já estava cheio de bolinhas no corpo, nas mãos, nos pés. Ele continuava bastante amuado, continuou tendo febre (que estava sendo controlada com antitérmico), e não conseguia dormir á noite, chorava por conta das bolinhas que estavam incomodando muito.
Suspendi o antibiótico e voltei com ele para o hospital, e então recebi o diagnóstico de que ele estava com a Doença Mão, Pé, Boca.
A médica disse que inclusive, tinha bolinhas dentro da boca, e era por esse motivo que ele não estava se alimentando direito.

A síndrome mão-pé-boca é uma doença altamente contagiosa que ocorre mais frequentemente em crianças com menos de 5 anos, mas também pode acontecer em adultos, e é causada pelo vírus do grupo coxsackie, que pode ser transmitido de pessoa para pessoa ou através de alimentos ou objetos contaminados. 

Geralmente, os sintomas da síndrome mão-pé-boca só surgem após 3 a 7 dias da infecção pelo vírus e incluem febre superior a 38ºC, dor de garganta e falta de apetite. Após 2 dias do surgimento dos primeiros sintomas, aparecem aftas dolorosas na boca e bolhas dolorosas nas mãos, pés e, por vezes, na região íntima, que podem coçar.

O tratamento da síndrome mão-pé-boca deve ser orientado pelo pediatra ou clínico geral e pode ser feito com remédios para a febre, anti-inflamatórios, remédios para a coceira e pomadas para as aftas, com o objetivo de aliviar os sintomas.


Como ocorre a transmissão

A transmissão da síndrome mão-pé-boca ocorre através da tosse, espirros e saliva e do contato direto com bolhas que tenham estourado ou fezes infectadas, principalmente durante os primeiros 7 dias da doença, porém mesmo após a recuperação, o vírus ainda pode ser transmitido através das fezes durante cerca de 4 semanas.

Além disso, o vírus pode ser transmitido através de objetos ou alimentos contaminados. Por isso, é importante lavar os alimentos antes do consumo, trocar a fralda do bebê com luva e depois lavar as mãos e lavar bem as mãos após usar o banheiro.


Sintomas e tratamento

A infecção provoca espécies de bolinhas avermelhadas que pipocam rápido nas regiões do corpo que a batizam e podem coçar, além de febre alta e sintomas respiratórios. E, apesar de quase sempre regredir sozinha sem grandes complicações, os pais devem ficar de olho, pois o quadro pode debilitar os pequenos.

Além da febre alta, as feridas, que costumam ficar perto da úvula, a ‘campainha’ da boca, são doloridas, então a criança pode ter uma grande dificuldade em se alimentar e tomar líquidos. Essa é a manifestação mais clássica da doença, mas ela também tem outros jeitos de aparecer.

A criança pode ter só a garganta afetada ou ainda exantema, que são manchas avermelhadas pelo corpo. Outra chateação que pode dar a cara são sintomas respiratórios similares aos de uma gripe: tosse e espirro. O quadro regride sozinho em cerca de uma semana, período que pode variar. Como não há um remédio que combata especificamente esse vírus, o tratamento visa combater os sintomas, com medicamentos para a dor, febre, sprays para aliviar a garganta e atenção especial à desidratação, que também pode dar as caras.

O tratamento dura cerca de 7 dias e é importante que a criança não vá à escola ou à creche durante este período para não contaminar outras crianças.

E tudo deve ser acompanhado pelo médico, é claro, até mesmo porque há complicações. É raro, mas o vírus pode também provocar meningite e, mais raramente ainda, encefalite, que é uma inflamação no cérebro.


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1 comentários

  1. Meu João teve uma doença semelhante qdo ele tinha 7 anos, ele teve estomatite começou com uma febre e depois de alguns dias a boca dele ficou repleta de aftas, como ele chupava o dedo na época o dedo que ele chupava também ficou com feridas, foi muito sofrimento, ele ficou 10 dias sem poder nem tomar água, não conseguia se alimentar, nem falar, eu relutei e não o levei para internar tive medo mesmo sabendo que ele não conseguia comer nada mas depois de 10 dias as feridas desapareceram como se fosse magica . Foi muito triste ver meu pequeno naquele sofrimento! Fica com Deus, bjs https://patriciacharleaux.blogspot.com.br/

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