Refluxo em bebês
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Durante a digestão, os alimentos seguem uma direção única.
Há casos, no entanto, em que ocorre um desvio de rota, o que provoca o
desconforto conhecido como refluxo. Os bebês, que se alimentam basicamente de
líquidos, costumam ser as principais vítimas. O leite embarca numa viagem
maluca, de lá pra cá, de cá pra lá - mais precisamente do esôfago para o
estômago e do estômago para o esôfago. Já os sólidos não voltam na contramão
com tanta facilidade. O resultado dessa contravenção digestiva é a azia, provocada
pela acidez do estômago e também do esôfago. Em alguns casos, o refluxo
fisiológico acontece sem o regurgito e pode até ser confundido com cólica.
A principal causa de todo esse transtorno é a pouca idade.
Como um profissional ainda sem experiência e habilidade para desenvolver suas
tarefas, o ainda imaturo esfíncter inferior do esôfago - uma espécie de válvula
entre esse órgão e o estômago - não consegue impedir com tanta eficiência que o
alimento faça o percurso inverso. Os movimentos de contração que empurram a
comida - no caso, o leite - para o caminho certo também não são lá tão
eficazes.
"É uma situação própria da idade", esclarece a
pediatra Yu Kar Ling Koda, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de
São Paulo. "Quanto mais novo o bebê, maior o risco de refluxo." A
solução vem mesmo com o tempo. "Geralmente o problema diminui a partir dos
6 meses e acaba por volta de 1 ano", conta o pediatra Mauro Toporovski, da
Sociedade Paulista de Gastroenterologia Pediátrica e Nutrição. Isso porque o
sistema digestivo passa a funcionar com mais competência.
Para diagnosticar o refluxo, nada melhor que o próprio
relato da mãe. Mas também existem exames, como a radiografia contrastada, que
verificam se o distúrbio tem origem em algum problema anatômico. Um outro,
chamado PHmetria, detecta a acidez do esôfago com uma espécie de sonda
introduzida pelo nariz. Para tratar o refluxo, medidas práticas podem ser
úteis. Há casos, porém, em que é preciso entrar com medicamentos. Os
procinéticos, por exemplo, aceleram o peristaltismo (movimento de expansão e
contração do esfíncter inferior), enquanto os antiácidos neutralizam a secreção
de sucos digestivos no estômago.
O que fazer para amenizar o problema
- Troque a fralda antes da mamada. Ou espere que a digestão
se complete para fazê-lo. Agitar o bebê, seja trocando-o, brincando ou
passeando com ele após a refeição, aumenta o risco de o leite voltar do
estômago para o esôfago - e aí é incômodo e choro na certa.
- Estômago muito cheio é sinônimo de refluxo, já que o
esfíncter ainda não funciona tão bem. O jeito, então, é fracionar a dieta, ou
seja, oferecer menor quantidade de leite e distribuir a cota diária ao longo do
dia, em várias pequenas refeições.
- Na hora da mamada, coloque o bebê em posição mais
vertical. Assim a possibilidade de o alimento voltar é bem menor do que seria
se você o mantivesse deitado.
- Experimente deixar o berço inclinado num ângulo de 30
graus, com o bebê deitado do lado esquerdo. A mudança favorece o deslocamento
da bolha gástrica do estômago para perto do esôfago. Assim, forma-se uma
barreira de ar que dificulta o refluxo. São medidas simples que podem garantir
um sono tranqüilo.
Créditos: https://bebe.abril.com.br/
2 comentários
Ai que dó que dá, né!!! Mas o que mais me parte o coração é ter que dar de pouquinho o leite pros pequenos, teve uma prima do meu marido que teve um menininho que tinha refluxo....ela dava um tikinho de leite pra ele e depois ele ficava chorando querendo mais!!
ResponderExcluirAchei interessante o post por que a maioria dos bebês sofrem com refluxo.
ResponderExcluirbj
Ficamos felizes com sua visita e comentário! :)